Amigos Solidários,
Um dos maiores violonistas do Brasil está em severa dificuldade.
Atualmente Helio Delmiro encontra-se internado com sérios problemas cardiovasculares e necessitando da colação Stents para mante-lo vivo. Stents são endopróteses expansíveis inseridas em um conduto do corpo para prevenir ou impedir a constrição do fluxo no local causada por entupimento das artérias. Sem essas endopróteses, o paciente corre risco constante de sofrer um infarto fulminante e morrer. A atual realidade de Delmiro é exatamente essa, sua situação financeira não é boa e seus amigos e admiradores criaram uma página na Rede Social Facebook com o nome de “Viva Hélio Delmiro – amigos unidos pela recuperação deste grande músico.” Administrada pela cantora e amiga Margareth Reali.
Para ajudar Helio Delmiro, é só depositar qualquer quantia nesta conta:
Hélio Delmiro
ITAU
AG:1185
C/C:04235-3
Helio Delmiro, muito além de ser um gênio da musica universal, é mais um brasileiro massacrado por um sistema de saúde doente e corrupto.
QUEM É HELIO DELMIRO E QUAL SUA IMPORTÂNCIA PARA A MPB?
Hélio Delmiro de Souza, esse fenômeno da música instrumental brasileira, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 20 de maio de 1947. Carioca do Méier, ainda adolescente começou a dedilhar um cavaquinho que ganhou de seu irmão Juca. Apaixonou-se de vez pela música influenciado pela bossa-nova. Delmiro é autodidata, aos poucos foi apurando a sua técnica e começou a integrar o conjunto de Moacyr Silva, trabalhando em bailes e excursionando pelo Brasil. Precoce e talentoso, construiria a partir daí uma carreira brilhante.
Ele tocou com Luiz Eça e com os papas do jazz norte-americano, Paul Horn, Jeremy Steig, Dave Grusin e Lalo Schifrin, sendo considerado por Lalo o melhor guitarrista da América do Sul. Estudou algum tempo música erudita com o propósito de desenvolver sua técnica instrumental, no que obteve êxito esplendoroso. Um virtuoso, um instrumentista notável. Na década de 80, gravou um belíssimo disco, “Samambaia,” junto com o pianista César Camargo Mariano. Identificado como guitarrista de jazz, Hélio prefere se definir como músico brasileiro. Na esfera mais pop, é dele o solo de guitarra mais aclamado da MPB. Na gravação de “Caçador de Mim”, em que Milton Nascimento, no auge do sucesso, emprestou sua voz dos deuses à belíssima canção de Sergio Magrão e Luiz Carlos Sá, Delmiro registrou os que são os mais belos rifs do gênero. Tocou com gente muito ilustre, difíceis até de enumerar; mas não era raro vê-lo integrar bandas em palcos e estúdios de gente como Milton Nacimento, Ivan Lins, Elis Regina, Cesar Camargo Mariano, Beto Guedes, Wagner Tiso… Foi, provavelmente, o musico mais requisitado da musica nacional, entre os anos 1970 e 80.
Helio Delmiro, por motivos espirituais, abandonou a noite e viveu uma fase reclusa. Porém, nesse período, ainda gravou o álbum “Romã: Hélio Delmiro in Concert,” com um quarteto que contava com Rique Pantoja (piano e teclados), Nico Assumpção (baixo elétrico) e Carlos Bala (bateria). Uma jóia!
Tocou novamente com Fischer, no Jazz Bakery, na Califórnia, também gravando com ele o CD Simbiose, que inclui dois Standards americanos, duas músicas de Tom Jobim, e nove originais, cinco de Delmiro e quatro de Fischer. A última obra de Delmiro é “Compassos”, lançada em 2004.
"Só é solitário quem não é solidário!" 